Do Jornal de Brasília de 24/01/2011
Cristina Sena
cristina.sena@jornaldebrasilia.com.br
AVila Estrutural, no caminho entre a área central de Brasília e a desenvolvida região administrativa de Taguatinga, lidera uma triste estatística. É o local no Distrito Federal onde mais pessoas são assassinadas proporcionalmente ao tamanho da população. Segundo a quantidade de homicídios registrados em 2009 por levantamento da Secretaria de Saúde (SES), a taxa de homicídios em todo o DF é de 34,1 por cem mil habitantes. Na Vila Estrutural, chega a 94,3. Maior que o índice de Maceió, a capital mais violenta do País.
Em 2010, foram 45 pessoas assassinadas na cidade, segundo dados da Polícia Civil. No primeiro dia de 2011, mais uma vítima. Isac de Sousa Avelino, 24 anos, foi morto a tiros. A polícia investiga a possibilidade de relação com disputa pelo comando do tráfico de drogas na cidade. No início de 2010, cinco pessoas perderam a vida em uma chacina. Entre elas, uma grávida de cinco meses. O crime que ficou registrado na memória dos moradores também tinha relação com o tráfico. O medo silencia vizinhos e familiares das vítimas.
A mesma delegacia que cuida da segurança do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), onde não houve nenhum registro de homicídio pela SES, responde também pela Estrutural. Sempre que um crime ocorre lá, a equipe da 8ª DP é acionada pelo posto policial, situado na Vila, para registro e investigação. No posto, se revezam equipes com três agentes cada, para atender a uma população cada vez maior, estimada em mais de 35 mil habitantes, pela Administração Regional do Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA), que responde pela Estrutural.
Leia maios na edição desta segunda-feira (24) do Jornal de Brasília.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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