terça-feira, 30 de março de 2010

Sobre a Derrubada de Barracos Hoje

Quando você olha a condição das familias e a inexistencia de politica publica para o atendimento dessas crianças você fica se pergunta que pais é esse? Afinal de contas sempre o "rigor da lei" só vale para o mais fraco. É incrivel como você não vê esse tipo de operação prendendo grileiro, você já viu? Alguém viu quem foi preso vendendo o Vicente Pires? E os empresarios do Plano Piloto que invadem area publica sem constrangimento. E o Park Shopping que invade area publica e ainda cobra pelo Estacionamento, alguém notificou eles? Alguém mandou trator derrubar as paredes? E o mais absurdo, o caso das invasões das mansões no lago Paranoá alguém lembra? Então, na "discussão" da situação publicada no site da Agefis o então Secretário da Ordem Pública, outrora truculento e agressivo, falando da situação do Lago Sul afirma: “O Estado não pode agir apenas na base da repressão. Estamos realizando um trabalho de conscientização coletiva, e o Poder Público conta com a população para não permitir esses abusos. Estamos tratando todos os problemas relacionados à invasão de áreas públicas.”
Então funciona assim, quando é na Estrutural os invasores são tratados como bandidos, mesmo sendo crianças e mulheres, mas no Lago Sul os invasores são tratados na base da "conscientização coletiva". Veja o video da ação da Agefis-Policia Militar (Os fiscais da Agefis são em sua maioria policiais militares que não exitam no uso da ameaça de prissão para o desempenho de suas funções).

Agefis derruba 160 barracos irregulares na Estrutural



Começou na manhã desta terça-feira (30/3) a derrubada a 160 barracos da cidade Estrutural. Segundo a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), todos eles foram erguidos em área pública e de preservação ambiental.

Todos os barracos ainda estavam ocupados quando fiscais da Agefis chegaram ao local, por volta das 10h. No dia 17 de março, os moradores receberam uma notificação avisando que deveriam sair do local. Alguns deles recorreram, mas até esta manhã não obtiveram resposta. A agência de fiscalização informou que os pedidos foram indeferidos.

Um forte aparato da Polícia Militar foi chamado para fazer a segurança da área e mais de 20 caminhões transportaram os móveis dos moradores para o depósito da Administração da Estrutural. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) ofereceu a pernoite no albergue para os invasores. As derrubadas continuam nesta tarde.

Sem lar
A dona de casa Iracenia Teixeira Brito Gomes, 25 anos, mora no local há três meses com o filho de um ano de idade. Quando os fiscais chegaram à casa da mulher, o bebê estava dormindo. "Apresentei recurso, mas tive que tirar todas as minhas coisas assim mesmo", reclama. Ao ver o barraco onde morava com a esposa e filhos destruído, o pedreiro Marciel Cândido da Silva, de 30 anos, desabafou: "Sou pai de família, não tenho para onde ir".

O secretário de Ordem Pública do Distrito Federal, Djalma Lins, afirma que algumas famílias receberão lotes na Estrutural. "Temos 227 famílias cadastradas na Codhab (Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal), e todas essas ganharão lotes na cidade".