quarta-feira, 20 de abril de 2011

Violência em escola do Guará é atribuida exclusivamente a estudantes da Estrutural

Os moradores do Guará em reação a violência ocorrida na Escola CE 4 acusam os estudantes da Estrutural e fazem abaixo assinado para remanejamento dos alunos. Postura preconceituosa e superficial de pessoas que não entendem que esse problema é de toda a sociedade. Essa rejeição disfarçada é também uma forma de violência silenciosa e perversa.


As aulas no período da manhã e da noite no Centro de Ensino 4, no Guará, serão retomadas normalmente. Mas os alunos do turno matutino contaram que havia ameaça de confusão hoje pela manhã e o policiamento foi reforçado.


Na porta da escola, a segurança foi reforçada com duas motos, um carro e oito policiais militares. Os problemas estão concentrados no turno da tarde, mas todos sofrem, não só pela reputação ruim que fica para quem estuda no Centro Educacional 4, como pela depredação causada por quem não está interessado nas aulas.


Estudantes fizeram prova e foram liberados mais cedo esta manhã. Alunos e funcionários disseram que o clima anda tenso. Os problemas começaram na sexta-feira (15). Um grupo de alunos agrediu policiais militares que retiraram um rapaz do ônibus escolar. “A informação que temos é que essas pessoas não são alunos e eles vinham junto com o ônibus. A gente não sabe qual o motivo, mas aparentemente é para passar droga”, fala o tenente-coronel Eduardo Sousa.

A Delegacia da Criança e do Adolescente ouviu nove estudantes. Desses, três meninos e uma menina, entre 15 e 17 anos, foram levados para o Caje, por ameaça, dano ao bem público, receptação de produto furtado e resistência à apreensão. “A maioria desses adolescentes já têm problemas, saíram de outros colégios e foram matriculados naquela escola”, diz o delegado Nivaldo Oliveira da Silva.

Muitos professores que foram ameaçados continuam com medo. Ontem à tarde eles se negaram a dar aulas. Um grupo de alunos estourou bombas em latas de lixo e um professor foi atingido por uma pedra. “A polícia estava recolhendo os alunos nos ônibus e, no meio da multidão, uma pedra me acertou”, conta o professor que não quis se identificar.

Moradores do Guará também andam preocupados. Em três dias, eles colheram mais de 200 assinaturas num abaixo assinado que pede o remanejamento de alunos que vêm da Estrutural - mais de 90% das vagas da escola são destinadas a eles. “Acho que se tivesse uma divisão de alunos, o problema poderia ser sanado”, fala o prefeito comunitário José Maria Castro.

A aluna Kamila Santos, 17 anos, que mora na Estrutural, defende que nem todos que vêm de da cidade querem confusão. “Por mais que tenha muitos alunos da Estrutural, não são todos que participam da bagunça. Tem muitos estudantes que querem estudar como eu e outros da minha turma”, fala.

A direção da escola concorda. “Não é um problema com a Estrutural, pois nossa escola atende os alunos que vem da cidade, tanto no período da manhã como da tarde. Só que o turno da manhã é muito tranquilo e a tarde, tirando esse alunos problemas, a turma também fica tranquila”, afirma a supervisora pedagógica Vilmara do Carmo.

A regional de ensino do Guará informou que todos 364 alunos que estudam no período vespertino são da Estrutural. Desses, 29 alunos têm mau comportamento e já está decidido que dez, que são os mais problemáticos, serão transferidos para outras escolas do Guará.

A regional também informou que, a partir da semana que vem, só vão embarcar nos ônibus que saem da Estrutural os alunos que apresentarem uma carteirinha com foto. Essa decisão é para evitar que estranhos se encaminhem para a escola.

Está prevista para a tarde de hoje uma reunião com a presença de Ministério Público, Vara da Infância e Juventude, Conselho Tutelar, Polícia Civil, Batalhão Escolar, direção e professores para tratar de medidas preventivas. Amanhã, a reunião é com alunos e pais.

Rita Yoshimie

 

Mais um acidente no Lixão da Estrutural

Veja a reportagem da TV Brasília sobre mais um acidente no lixão da Estrutural. Dessa vez uma mulher foi atingida mas sobreviveu. De qualquer forma até quando vamos ver esse tipo de coisa? Será que a única solução é esperar 2 anos para o fechamento do lixão para se ter alguma mudança? Até lá quantas pessoas vão morrer?

Veja a reportagem clique aqui

Apenas um centro psicopedagógico atende toda rede pública de ensino

Reportagem do DFTV

São quatro psiquiatras, quatro pedagogos e 14 psicólogos para uma demanda de 100 pacientes por semana. Acompanhamento profissional evitaria ações violentas, como a que ocorreu na escola do Guará.

No DF, crianças e adolescentes esperam anos para conseguir acompanhamento psiquiátrico. Faltam profissionais para atender a demanda. Muitos até ficam sem o tratamento regular, que poderia evitar problemas de violência dentro e fora das escolas.
O Centro de Orientação Médico Psicopedagógica do DF (Compp), na Asa Norte, é o único centro de atendimento de saúde mental do DF. O centro também atende o Entorno. São 100 novos pacientes por semana para uma equipe de quatro psiquiatras, quatro pedagogos e 14 psicólogos.
“Claro que tem uma perda de qualidade aí. Com maior número de profissionais, nós teríamos ótimos atendimentos, com certeza”, afirma a coordenadora do Compp, Divanet Medeiros de Lima.
Depois de dois anos de espera, o filho de Julieta Batista conseguiu atendimento psicopedagógico no centro. Ele tem dificuldades de aprendizagem. “Espero que dê certo”, diz.
Guará

Nesta terça-feira (19), o policiamento foi reforçado e as aulas foram suspensas na escola do Guará. Professores, polícia e Ministério Público discutem segurança e violência. Na sexta-feira, um grupo de alunos agrediu policiais militares e ameaçou a diretora.
Ontem, professores se negaram a entrar nas salas. Por causa disso, houve mais confusão. Os alunos estouraram bombas nos arredores. “Deveriam acompanhá-los, ver o motivo dessa rebeldia excessiva, falta de educação, comportamento inadequado para uma escola”, diz o professor Marcos Rodrigues.
Um educador, que não quis ser identificado, trabalha com um aluno que há um ano foi diagnosticado com perfil psicótico e não consegue atendimento profissional. “Ele, tendo esse acompanhamento psiquiátrico, levaria uma vida normal, como outra criança qualquer”, avalia.
As aulas na escola do Guará só recomeçam na segunda-feira. Amanhã, haverá reunião com os pais. Os 29 alunos considerados problemáticos serão transferidos. O policiamento vai ser reforçado e a Secretaria de Educação prometeu mais funcionários.

Maria Fernanda / Márcio Muniz / Marcione Santana

Fonte: Site do DFTV em 20/04/2011

sábado, 16 de abril de 2011

Moradores da Estrutural fazem manifestação neste sábado

Luis Rafael Feitosa Campos - Correio Braziliense

Publicação: 16/04/2011 18:21 Atualização: 16/04/2011 20:01

Moradores da Estrutural realizam desde às 18h uma manifestação na entrada da cidade. O protesto é para pedir a libertação da agente comunitária de saúde Selma Maria Dantas Moreira, de 49 anos, que foi presa na tarde da última quinta-feira acusada de manter o neto de seis anos acorrentado dentro de casa enquanto ela saia para trabalhar.

Os manifestantes queimaram pneus e carregam cartazes com mensagens de apoio. Uma via foi interditada pelos moradores e começou a ser liberada com a chegada da polícia.

Segundo integrantes do movimento a prisão de Selma é injusta, já que ela tomou a decisão de acorrentar a criança em um momento de desespero, por não ter com quem deixar o garoto.

Os moradores contam ainda que Selma chegou a procurar creches para o neto, mas não há delas na Estrutural. "Aqui só temos trabalhadores, pais e mães de família, sem ter como deixar os filhos quando saem para o serviço. Ela ajudava a todos e precisa ser libertada", disse Maria das Graças Santos, diarista de 35 anos que há 12 é vizinha de Selma. Os manifestantes asseguram que vão ficar a noite inteira na rua e, se for necessário, irão até o Presídio Feminino do Distrito Federal, no Gama, onde a acusada está presa.

Fonte: Site do Correio Braziliense em 16/04/2011 – 20:23

quarta-feira, 13 de abril de 2011

DF deve ter plano de gestão de resíduos sólidos até 2012

12/04/2011 13:29

DF deve ter plano de gestão de resíduos sólidos até 2012

Presença de especialistas, dezenas de catadores de lixo, representantes do GDF e deputados (Foto: Rinaldo Morelli/CLDF)

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) estabelece que estados e municípios têm dois anos para elaborar seus planos de gestão. A corrida contra o tempo já começou, e a Câmara Legislativa deu uma contribuição importante nesta terça-feira (12) com a realização de seminário sobre o assunto, com vistas a subsidiar a elaboração do plano distrital. O evento aconteceu no auditório da Casa, com a presença de deputados, representantes do Executivo, especialistas e dezenas de catadores de lixo.

"É importante discutir o assunto e ouvir os envolvidos para consolidarmos leis adequadas para a sociedade", destacou o autor da iniciativa e idealizador da Frente Parlamentar Ambientalista do DF, deputado Joe Valle (PSB).

Presidente da Frente, o deputado Cláudio Abrantes (PPS) disse que a gestão de resíduos sólidos é uma questão delicada e que o Plano Nacional de Resíduos Sólidos foi um grande presente do ex-presidente Lula para o País. Ele citou também a criação do programa Pró-Catador pelo governo federal, com a possibilidade de adesão dos estados.

Coleta seletiva

A implantação da coleta seletiva no DF foi um dos assuntos mais debatidos durante o seminário. O deputado Wellington Luiz (PSC) defendeu o respeito aos catadores como uma premissa para a gestão de resíduos sólidos.

Segundo Rônei Alves, presidente da Central de Cooperativas de Materiais Recicláveis do DF (Centcoop), mesmo sem a implantação da coleta seletiva universal no Brasil, o País é o quarto maior reciclador. Apesar da importância da categoria dos catadores de lixo nesse cenário, Alves diz que esses trabalhadores vivem marginalizados. "Muitas vezes fomos tratados com perseguição, tendo inclusive nossas carroças recolhidas", lembrou ao falar da necessidade de incluir o catador no processo de implantação da coleta seletiva.

"O governo tem que ver os recicladores como colaboradores, oferecendo locais, políticas e assistência adequados, não queremos patrocínio paternalista", defendeu Ivan Leão, diretor jurídico da Associação dos Recicladores de Brasília e Entorno (Arecibras).

Lixão

"Não há desenvolvimento sustentável com lixão: implantar a coleta seletiva, com a inclusão do catador, é o maior desafio", afirmou o presidente da Fundação Banco do Brasil, Eder Melo. De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Brasil deve acabar com seus lixões até o final de 2014.

Durante o seminário, o Lixão de Brasília, localizado na Estrutural, foi um dos maiores alvos de crítica, do ponto de vista ambiental e social. "Temos um lixão vergonhoso para todos do DF", lamentou o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Eduardo Brandão. Ele informou que o GDF está trabalhando para construir uma política integrada, para acabar com o lixão, criar áreas de tratamento de lixo e estabelecer gestão de lixo domiciliar, comercial e da construção civil.

O diretor-técnico do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Francisco Palhares, destacou ainda a elaboração de um plano para reestruturar a coleta de lixo hospitalar e aeroportuário. Ele concordou ser preciso incluir os catadores em todo esse processo, mas defendeu um olhar mais abrangente, observando os interesses das demais categorias, como a de empresários: "É preciso atender toda a comunidade".

Palestras

A responsabilidade socioambiental do setor privado no que concerne à gestão do lixo foi tema de palestra proferida pelo diretor executivo do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), André Vilhena. Ele defendeu apoio às cooperativas de catadores como contrapartida ao impacto que as empresas causam.

O seminário também contou com palestras sobre o PNRS, a participação do catador na política, a Frente Parlamentar Ambientalista, o contexto atual da regulação da gestão de resíduos sólidos, dentre outros.

Denise Caputo - Coordenadoria de Comunicação Social

Fonte: Site da Câmara Legislativa do Distrito Federal

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Até quando vai morrer gente na porta do Posto de Saúde fechado da cidade Estrutural?

No ano passado a Secretaria de Saúde resolveu fechar o Posto de Saúde da cidade.

Enquanto isso as pessoas passam mal correm para o Posto mas não são atendidas e a ambulância que ficaria no Posto para atender a comunidade funciona sem qualquer tipo de escala e enquanto isso morre gente na porta do Posto sem qualquer tipo de atendimento. O Fórum vai oficiar o caso ao Ministério Público e mobilizar a comunidade por esse absurdo sem precedentes. A simples ação de abrir o posto teria evitado 2 mortes só nas duas úlitmas semanas. Então fica a pergunta será que vale para os cofres públicos salvar duas vidas?

Veja o video abaixo da ação desesperada da comunidade em tentar ajudar um senhor que passou mal e correu para o Posto, chegando lá ele viu que o posto estava fechado e que nem mesmo o portão poderia ser aberto para fazer algum tipo de atendimento. Diante disso ele desmaio e teve um ataque. O video demonstra a agonia. O Serviço de Emergência demorou 30 minutos para chegar. Foi esse tempo que a senhora do post abaixo não suportou e morreu. 

Ciclista de 33 anos morre atropelada na Estrutural

Ela foi atingida por um ônibus quando seguia para o trabalho de bicicleta. O motorista do veículo se apresentou espontaneamente à delegacia e não apresentava sinais de embriaguez.

O acidente foi na entrada da cidade, perto do posto da Policia Militar. Maria Hilda da Silva, 33 anos, deixou o filho na escola e seguia para o trabalho de bicicleta. O motorista do ônibus, Josias Manoel da Silva, 36 anos, e testemunhas contaram que a mulher passou na frente do ônibus e ele não conseguiu desviar. O motorista se apresentou na delegacia espontaneamente. Ele está com a carteira de motorista em dia e não apresentava sinais de embriaguez.

Fonte: Site do DFTV

Corpo fica mais de duas horas dentro de carro

O veículo ficou estacionado na porta do posto Policia Civil da Estrutural com o corpo da vítima. O carro do IML apareceu no local mais de duas horas depois da mulher ter passado mal.

A mulher passou mal em casa, de madrugada. Um vizinho disse que primeiro ligou para o Samu. “Eles falaram que era para levar a mulher até o posto policial que eles iam encaminhar ela até o hospital, porque eles não queriam entrar na cidade”, conta o motorista Cleber da Silva. Ele conta que chegou com a vítima ao posto policial da Estrutural por volta de 5h30, mas nenhum agente apareceu.
A dona de casa Célia Alves Cardoso, que perdeu os documentos e tenta registrar ocorrência desde quinta-feira, confirma que os policiais estavam dentro do posto.
O carro do IML só apareceu às 8h30.
A Secretaria de Saúde informou que o Samu não socorreu a moradora da Estrutural porque todas as ambulâncias estavam em atendimento. Mas uma ambulância dos bombeiros teria se deslocado até o local.

Fonte: Site do DFTV

Reportagem sobre a Oficina de Acervo do Ponto de Memória da cidade Estrutural