Segundo reportagem do Jornal de Brasília que segue abaixo os moradores da Cidade Estrutural poderão instalar sua rede domiciliar na rede da CAESB. Resta sabe o tempo que irá levar para a conclusão das visitas dos técnicos. É preocupante também a situação de algumas quadra que ainda nem receberam o asfalto. Como é o caso das quadras 15 e 16 o Fórum está de olho nisso.
(10/09/2010 - 09:30)
Há anos convivendo com esgoto a céu aberto, transbordando nas ruas e até mesmo nas casas, os moradores da Estrutural começaram essa semana a receber autorizações para ligar o sistema de coleta de esgoto na rede da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Em até dois meses a companhia estima que não haverá mais fossas para o esgoto e todos os dejetos da cidade serão coletados, transportados e tratados pela Caesb. Até o último mês, a Estrutural fazia parte das regiões brasileiras que não possuíam rede coletora de esgoto. Em 2009, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, apenas 52,5% das residências brasileiras e 87% das casas na capital federal possuíam a rede.
A Estrutural começou a receber a estrutura para coleta e tratamento do esgoto em 2008. Em julho foi firmado o contrato para a criação das redes e, em outubro, começaram a ser construídas as estações elevatórias para bombear o esgoto. "Atualmente, toda a cidade possui a rede de esgoto e deve desligar suas fossas, ligando a coleta na rede da Caesb. Mas isso será feito aos poucos, conforme os técnicos da companhia visitarem as residências e autorizarem a transferência", explica o superintendente de Obras da Caesb, Marcos Melo.
Para receber a autorização da Caesb, várias normas devem ser seguidas, como, por exemplo, a existência de uma caixa de gordura na cozinha para separá-la do esgoto total e comum. "O maior problema que tivemos na Estrutural esse tempo todo foi a ligação dos moradores na rede, sem autorização. Com isso, a rede sem funcionamento ficou sobrecarregada e os dejetos voltavam para as ruas", revela o superintendente.
MUTIRÃO
Os moradores confirmam. Uma senhora da Quadra 3, que não quis se identificar, chegou em casa algumas vezes e, no meio dos móveis, estava água suja e esgoto. "Tenho a fossa, sempre usei e acabei pagando pelo erro dos outros. As pessoas parecem que não entendem, ligam a rede da casa na rede da Caesb, que sabiam não estar funcionando e outros acabam ficando com o problema", afirma. Segundo ela, várias vezes foi preciso fazer mutirão na rua com os vizinhos para eliminar um pouco da sujeira e do esgoto que alcançava as calçadas. "Reclamávamos, mas não adiantava. O jeito foi meu marido vedar totalmente a ligação que existia da casa na rede para isolar. Agora já recebemos o papel para a ligação na rede. Espero que a situação melhore porque há anos o problema de esgoto nos assombra".
Desde o início da semana os moradores da cidade estão recebendo as visitas dos técnicos da Caesb para autorização e ligação das redes. A expectativa da companhia é que, em no máximo dois meses, todos tenham a possibilidade de ligar suas redes. Geracina Pereira dos Santos e José Eduardo Fernandes foram dos primeiros a receber o comunicado da companhia.
Por mais de uma semana, há alguns meses, eles acordavam e dormiam com o esgoto na varanda da casa. "A caixa da Caesb que construíram para nós é na garagem, na varanda mesmo. As pessoas sobrecarregaram a rede, que não estava pronta e, quando percebemos, transbordava água suja e o cheiro era insuportável", afirma Geracina. "Um perigo! Temos filhos pequenos e sabemos o risco que esse lixo todo do esgoto pode trazer", completa José Eduardo.
Investimento de R$ 13 milhões
"É um absurdo a maneira que vivemos, no meio desse esgoto todo. Já não sei mais o que fazer na minha padaria. O fedor da água que desce a rua espanta os clientes e tenho medo pelos meus filhos, que são obrigados a pisar nessa lama imunda", revela Oliveira do Carmo Ribeiro, proprietário da Panificadora Sabor Mix. Há cinco anos, segundo ele, a padaria é no mesmo lugar e o esgoto fica a céu aberto. "O problema sempre existiu e você precisa ver quando chove. Não dá para saber o que é água limpa, o que é água suja, um horror."
De acordo com o superintendente de Obras da Caesb, Marcos Melo, a demora da construção da rede de esgoto na Estrutural se deve a um problema fundiário na área onde estão as elevatórias. "Demorou a liberação do local para a construção, o que atrasou um pouco. Mas agora já estão em funcionamento, nos últimos testes e, antes da chuva, esperamos que tudo esteja funcionando bem para a comunidade", justifica.
FUNCIONAMENTO
Toda a construção da rede de esgoto, contando com as elevatórias, custou quase R$ 13 milhões. Foram necessários mais de 80 mil metros de tubo e aproximadamente oito mil ligações devem ser feitas das casas para a ruap ara que tudo funcione normalmente. "Antigamente, essas pessoas usavam as fossas. Elas demoravam cerca de um ano para ficar cheias e toda a responsabilidade de chamar o caminhão fossa, limpar e jogar o esgoto em local correto era do morador. Agora é tudo responsabilidade da Caesb. Coleta e tratamento. A tubulação que é ligada na fossa será ligada na rede, que levará o esgoto até a estação de tratamento na Asa Norte", explica Marcos.
Jornal de Brasília
(10/09/2010 - 09:30)
Há anos convivendo com esgoto a céu aberto, transbordando nas ruas e até mesmo nas casas, os moradores da Estrutural começaram essa semana a receber autorizações para ligar o sistema de coleta de esgoto na rede da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Em até dois meses a companhia estima que não haverá mais fossas para o esgoto e todos os dejetos da cidade serão coletados, transportados e tratados pela Caesb. Até o último mês, a Estrutural fazia parte das regiões brasileiras que não possuíam rede coletora de esgoto. Em 2009, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, apenas 52,5% das residências brasileiras e 87% das casas na capital federal possuíam a rede.
A Estrutural começou a receber a estrutura para coleta e tratamento do esgoto em 2008. Em julho foi firmado o contrato para a criação das redes e, em outubro, começaram a ser construídas as estações elevatórias para bombear o esgoto. "Atualmente, toda a cidade possui a rede de esgoto e deve desligar suas fossas, ligando a coleta na rede da Caesb. Mas isso será feito aos poucos, conforme os técnicos da companhia visitarem as residências e autorizarem a transferência", explica o superintendente de Obras da Caesb, Marcos Melo.
Para receber a autorização da Caesb, várias normas devem ser seguidas, como, por exemplo, a existência de uma caixa de gordura na cozinha para separá-la do esgoto total e comum. "O maior problema que tivemos na Estrutural esse tempo todo foi a ligação dos moradores na rede, sem autorização. Com isso, a rede sem funcionamento ficou sobrecarregada e os dejetos voltavam para as ruas", revela o superintendente.
MUTIRÃO
Os moradores confirmam. Uma senhora da Quadra 3, que não quis se identificar, chegou em casa algumas vezes e, no meio dos móveis, estava água suja e esgoto. "Tenho a fossa, sempre usei e acabei pagando pelo erro dos outros. As pessoas parecem que não entendem, ligam a rede da casa na rede da Caesb, que sabiam não estar funcionando e outros acabam ficando com o problema", afirma. Segundo ela, várias vezes foi preciso fazer mutirão na rua com os vizinhos para eliminar um pouco da sujeira e do esgoto que alcançava as calçadas. "Reclamávamos, mas não adiantava. O jeito foi meu marido vedar totalmente a ligação que existia da casa na rede para isolar. Agora já recebemos o papel para a ligação na rede. Espero que a situação melhore porque há anos o problema de esgoto nos assombra".
Desde o início da semana os moradores da cidade estão recebendo as visitas dos técnicos da Caesb para autorização e ligação das redes. A expectativa da companhia é que, em no máximo dois meses, todos tenham a possibilidade de ligar suas redes. Geracina Pereira dos Santos e José Eduardo Fernandes foram dos primeiros a receber o comunicado da companhia.
Por mais de uma semana, há alguns meses, eles acordavam e dormiam com o esgoto na varanda da casa. "A caixa da Caesb que construíram para nós é na garagem, na varanda mesmo. As pessoas sobrecarregaram a rede, que não estava pronta e, quando percebemos, transbordava água suja e o cheiro era insuportável", afirma Geracina. "Um perigo! Temos filhos pequenos e sabemos o risco que esse lixo todo do esgoto pode trazer", completa José Eduardo.
Investimento de R$ 13 milhões
"É um absurdo a maneira que vivemos, no meio desse esgoto todo. Já não sei mais o que fazer na minha padaria. O fedor da água que desce a rua espanta os clientes e tenho medo pelos meus filhos, que são obrigados a pisar nessa lama imunda", revela Oliveira do Carmo Ribeiro, proprietário da Panificadora Sabor Mix. Há cinco anos, segundo ele, a padaria é no mesmo lugar e o esgoto fica a céu aberto. "O problema sempre existiu e você precisa ver quando chove. Não dá para saber o que é água limpa, o que é água suja, um horror."
De acordo com o superintendente de Obras da Caesb, Marcos Melo, a demora da construção da rede de esgoto na Estrutural se deve a um problema fundiário na área onde estão as elevatórias. "Demorou a liberação do local para a construção, o que atrasou um pouco. Mas agora já estão em funcionamento, nos últimos testes e, antes da chuva, esperamos que tudo esteja funcionando bem para a comunidade", justifica.
FUNCIONAMENTO
Toda a construção da rede de esgoto, contando com as elevatórias, custou quase R$ 13 milhões. Foram necessários mais de 80 mil metros de tubo e aproximadamente oito mil ligações devem ser feitas das casas para a ruap ara que tudo funcione normalmente. "Antigamente, essas pessoas usavam as fossas. Elas demoravam cerca de um ano para ficar cheias e toda a responsabilidade de chamar o caminhão fossa, limpar e jogar o esgoto em local correto era do morador. Agora é tudo responsabilidade da Caesb. Coleta e tratamento. A tubulação que é ligada na fossa será ligada na rede, que levará o esgoto até a estação de tratamento na Asa Norte", explica Marcos.
Jornal de Brasília
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